sábado, 26 de junho de 2010

Lionel Messi mantém raízes em escola de Rosário e ganha rótulo ‘santo’

Las Heras foi onde o jogador aprendeu a ler e a escrever. Até hoje ele ajuda financeiramente e é tratado com idolatria. Dez? Só na Educação Física

Assim como a árvore Palo Borracho, símbolo da Escola General Las Heras, Lionel Messi, craque do Barcelona e da seleção argentina, mantém suas raízes presas ao local onde aprendeu a ler e a escrever. Embora a vida na Europa não lhe permita estar mais próximo, o jogador jamais esqueceu suas origens. Até hoje marca presença ao menos uma vez por ano em Rosário, sua cidade natal, e ajuda financeiramente o colégio.

- Messi nos dá um auxílio grande. Ele manda alguns euros e isso permite que façamos algumas melhorias importantes na escola. Recentemente compramos computadores, televisão, arrumamos bancos para o pátio e também comprei um som – falou Graciela Riboldi, que escolheu um equipamento com as cores do Newell’s Old Boys, time onde Lionel surgiu e também do qual ela é torcedora fanática.

Se Maradona, técnico e ídolo máximo da Argentina, é tratado pelos seguidores da Igreja Maradoniana como Deus, podemos dizer que na Escola General Las Heras Messi é uma espécie de santo. Não só pelo dinheiro que costuma doar à instituição pública, mas principalmente pelo seu jeito de ser. Todas as pessoas que conheceram o craque por lá falam com orgulho e muita admiração dele, uma espécie de xodó.

- Sou muito feliz por ter sido professora de Lionel. Ele é um menino doce, humilde, que se preocupa com tudo que acontece a sua volta. Apesar do sucesso e de estar morando na Europa, ele continua a mesma pessoa. Sempre que vem a Rosário nos visita, fala com os seus amigos. A melhor amiga dele sempre foi Cintia Arellano. Era como uma protetora dele – explicou Monica Domina, vice-diretora da escola.




Número 12, Messi ficava na média na maioria das matérias. 10, só em Educação Física

No boletim escolar da sétima série, Cintia, que ainda vive em Rosário, aparece com o número 15, pouco abaixo de Messi, o número 12. Só que há uma diferença nas notas de ambos. Ela tem como nota mais baixa um oito e coleciona outros 9 e 10. Messi, por sua vez, manteve uma média entre 6 e 7 . Mas em Educação Física ele era 10, um pequeno indício de que teria um grande futuro como esportista.

- Fui professora de Lionel no quinto e no sexto ano, quando ele tinha 10, 11 anos. Era um menino tranquilo, que participava pouco porque era muito tímido. Mas ele se transformava quando saía para o pátio jogar bola. Aí era outro, o Lionel que vocês conhecem – comentou Andrea Sosa, ex-professora de matemática do jogador do Barça.

Mãe usa muros da escola para protestar

Ao chegar à Escola General Las Heras é possível reparar que nos muros existem várias frases de protesto, algo comum em Rosário. Só que essas manifestações têm um detalhe curioso: foram feitas pela mãe de um aluno. Costuma ser assim: o colégio manda pintar as fachadas e essa mulher aparece para pichar.

- Não tem jeito, a gente pinta, arruma e ela aparece para colocar essas frases – contou Graciela Riboldi, diretora da escola, que não revelou o nome da mãe.
Algumas das frases que estampam os muros de Las Heras são: “Só na ação há esperança” e “Não há mudança sem rebelião”. Dentro da escola, por outro lado, as mensagens são outras. De cara, tem um recado dos alunos sobre a natureza.



Foto da antiga escola do Messi:


Fonte:www.g1.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário